sexta-feira, abril 25, 2008

Escrevendo por obrigação (ou precaução).

Lá vai. Faz tempo que eu tô planejando de ir colocando no "papel" algumas coisas pra depois eu não acabar esquecendo, igual aconteceu hoje.
Hoje fui na locadora aqui perto do serviço procurar alguma coisa pra me ocupar no final de semana. No último fiz uma boa limpa nos DVDs que eu tinha pra assistir, e também passei boas horas no cinema assistindo algumas coisas que eu havia perdido no ano passado e o novo do Wong Kar-Way - My Blueberry Nights. Agora esse final de semana pretendo pelo menos assistir alguma coisa, ao invés de ficar apenas 'vendo o domingo acabar'. Quando estava escolhendo os filme eu fiquei em grande dúvida se eu já havia assistido o Janela Indiscreta do Hitchcock ou não! Eu tenho quaser certeza que não assisti, mas eu tive uma sensação muito sinistra de dejá vu. Por via das dúvidas, acabei pegando ele pra assistir... e também um que eu tenho certeza que não assisti ainda - Sexo, Orégano e Rock'n'Roll, do Angeli. Esse do Angeli faz muito tempo que eu queria assistir, e agora não vai ter perdão. POW POW POW! Ainda tenho que assistir o Terra em Transe do Glauber Rocha, que faz um tempão que tá lá encostado.
Então... eu tenho que pegar tudo que assisti e li durante esses últimos meses e pelo menos escrever uma sinopse, resumo, fichamento, qualquer coisa que o valha pra não me esquecer das coisas!
Eu sei que parece nóia isso, mas sabe-se lá... acredito que tenho um pouco de propensão a receber visitas de alguns senhores ilustres, como Alzheimer ou Parkinson, então é bom começar a dar uma mãozinho pra minha memória antes que elas comecem a tremer demais.

quarta-feira, dezembro 12, 2007

Outra pergunta.

- Existe o Grande Irmão?
- Naturalmente que existe. O Partido existe. O Grande Irmão é a corporificação do Partido.
- Mas existe da mesma maneira que eu existo?
- Você não existe.

(excerto de 1984, de George Orwell)

quinta-feira, novembro 01, 2007

Terminal Urbano

Ora! - direis - Ouvir estrelas!?
Certo perdeste o senso quando secou metade dessa garrafa de pinga braba embaixo do teu braço! E agora é batata que não vai parar de ficar balbuciando incongruências aqui no ponto! Pra piorar, nunca vi uma noite quente como essa, onde em plena madrugada minha camisa continua encharcada com a transpiração mesmo depois de sair da balada! Nunca vi tanta gente amontoada num fim de madrugada, esperando a hora de pegar a primeira condução de volta pra casa, pra poder descansar até que alguém venha incomodar perguntando se "- aquilo eram horas de chegar"!
Zumbis diurnos num fim de noite, parecendo uma platéia mirando o brilho daquele espetáculo urbano e sentindo forte no peito o cheiro de uréia exalado pelo tiozão doidão que acaba de soltar outro peido e mais um palavrão.
Infelizmente, eu sou um deles. Você também. Louvemos ao Senhor!

segunda-feira, outubro 29, 2007

Whatever Happened To My Rock'n'Roll???

Fui no TIM Festival e não vi o show do The Killers. Cheguei lá às 20;30, já imaginando que teria perdido o Spank Rock, a Juliette & The Licks e o Hot Chip, uma vez que a Bjork tava programado pra começar às 20:30. Cheguei lá e no caminho pra bilheteria fui interceptado por um cambista vendendo uma meia-entrada por R$ 70,00 ao invés de R$ 100,00. Dei uma bela analisada e foi essa mesma que comprei! Foi um alívio pois eu já estava planejando que morreria com uns R$ 150,00 na noite, somando ingresso, estacionamento e goró. No estacionamento também consegui economizar R$ 10,00. Tinha um carinha cuidando duns carros do lado dum posto da polícia. Daí nem deixei no estacionamento oficial do festival, que custava 20 pilas. Coloquei uma tranca migué que eu tenho no volante e pra não dar na cara eu já cheguei com a frente do som fora do aparelho e fui tranquilo. O cara que tava guardando era um tiozão com cara de evangélico, que tava com a belinosa encostada, que ele tinha trazido os manos pra vender água e cerveja na entrada com isopores... E lá vamos nós.

Entrei e tava tocando o Hot Chip. Quando eu tava na fila eles haviam começado a tocar, entrei mais ou menos no meio do show e já fui me embrenhando em direção ao palco. Consegui um lugar bom mais ou menos 40 metros longe do palco (os primeiros 10 ou 20 primeiros metros era a área vip) e plantei minhas raízes. O Hot Chip tinha uma música ou outra que tinha aquele "quê" de Joy Division/New Order (se não me engano, a banda era 3 sintetizadores e 1 guitarra). Bem sem sal o show. Depois que eles acabarm (mais ou menos 21:40) começaram a arrumar o palco pra Bjork. Bandeiras de dragão, peixe, e outros bichos com estilo meio oriental, umas bandeirinhas no palco, uns tablados com teclados/sintetizadores/notebooks/xilofone e bagulheiras mil, bateria e teclado. Nada demais em decoração, mas foi embaçado pra arrumarem. Deve ter demorado 1 hora e meia pra arrumar aquilo. Daí então a Bjork entrou no palco.

O show da Bjork foi muito massa.... mas eu acho que perdeu muito por ser num lugar muito grande. Não dava pra "mergulhar" na atmosfera das músicas. A voz dela é impressionante. Parece até playback! A baixinha canta que é uma desgraça e é a simpatia em pessoa com o público. O show dela, acompanhada por um grupo de 12 intrumentistas de sopro (todos fantasiados também) e os efeitos de luzes e os efeitos visuais dos intrumentos eram muito foda! Seria hipnotizante se o show não estivesse lotado de viados querendo dançar. Que coisa ridícula. Bando de bicha loca desgraçada! Incrível o tanto de viados que ficavam gritando e chamando a Bjork de linda.... quando começa umas partes mais 'pôpero' a bicharada se acabava, uma mais ridícula que a outra. Quase meti o pé neles. Quando acabou a Bjork a viadada dispersou.

Depois de desmontar toda a parafernalha da Bjork (o que foi uma merda, mais uma hora e meia pra desfazer o palco e colocar os outros aparelhos) veio o que me desanimou. Eu pensei que eu tinha perdido isso, mas não tive tamanha sorte. Eu estava esperando os Arctic Monkeys (afinal, já estava atrasado porque era mais de meia-noite) e me sobe ao palco a Juliette & The Licks. Isso sim era uma cilada! Um embuste!! Instrumental de AC/DC piorado com "performance" à lá Yeah Yeah Yeahs fajuto, com direito a se jogar no chão, agachar de perna aberta e ir tirando a roupa (mas sem mostrar nada) e dancinha de índio no final. E fizeram uma porra dum show longo do caralho que foi um lixo. Um lixo! Ficar lá vendo essa porra por mais de uma hora me deixou *muito puto* e cansado. Ainda mais porque percebi que o Killers ia ser muito.. muito tarde!

Era 1 e pouco e fui lá pra trás porque eu tava morrendo de fome e sede. Pizza facada (R$ 6,00 o pedaço) e não estavam mais vendendo nenhuma bebida, com 2 shows ainda pela frente. Arranjei um lugarzinho numa grade meio longe do palco e fiquei lá até começar o Arctic Monkeys. Demorou.... demorou mais de meia-hora... acho que bem mais de meia hora entre a Juliette e os Arctic Monkeys. Duas da manhã eles vão pro palco.

O Arctic Monkeys também foi bom pra caramba! Barulhento, alto e contagiante! A dobradinha Fake Tales of San Francisco e I Bet You Look Good on the Dance Floor foi de fuder! Nada de "Obrigaddoooo Brazil!!!" e "We are loving to be here playing for you tonight! You are lovely!!!". O negócio era nome da música + pancada + "thank you". O cara falou um "obrrigado" no começo e já era. Foda-se o protocolo... hehehehe... Certeza que o guitarrista/vocal tava chapado. Acabou o show sem nem saber direito pra onde sair... Mas foi foda! Direto como deve ser. Barulhento como deve ser. Quando os caras começavam a fazer barulho o ar ficava denso! Foi muito bom!

Três da madruga. Arctic Monkeys sai do palco. Nem sonhei em esperar o The Killers. Ainda mais que eu vi na net uma foto do palco, cheio de coisinhas. Aquilo ia demorar 1 hora só pra arrumar... Nisso eu tomei meu rumo e não olhei pra trás. Muita gente foi embora nesse intervalo. Acho que ficou no máximo 50% do pessoal que estava lá quando começou a Juliette (e tava lotado... muito cheio)! Li hoje que realmente demorou pra entrar o The Killers. Teve vaia e tudo mais. Eu não tava aguentando de cansado e ainda tinha que trampar de manhã. Sair do festival 5:30 da manhã não me agradava também, até porque eu já tava cansado pra diabo e com sono. Eu não ia suportar esperar mais 1 hora.....

Puta sacanagem roxa os caras atrasarem os horários dos shows em 3 HORAS pra um festival que já ia começar tarde e no domingo pra segunda-feira. Me contentei em ler a resenha do show do The Killers (que pelo set list foi fudidíssimo) e em saber que não assiti o Killers por sacanagem da organização do festival, ao invés de não ter assistido por ter ficado em casa morgando.

Minha consciência ficou tranquila.

domingo, setembro 16, 2007

Assistir Assistir Escutar Escrever

Vamos aos fatos:

Donnie Darko é um filme legal! Dose pop de David Lynch para menos insistentes. Devem haver bastante detalhes mínimos assim como nos filmes do David Lynch escondidos em segundos planos e algumas coisas que deveriam ser apenas cenário. Vou assistir de novo qualquer hora pra prestar atenção nisso.
Gosto de viagens no tempo. Viagens no tempo eram legais com o Cable. Agora viagem entre realidades paralelas era com o Excalibur do Chris Clarememont e do Alan Davis. Inclusive, embora muita gente não saiba, esses dois nomes tem muito há ver com nossas vidas...

Isso vou ter que escrever aqui no meio mesmo, antes que eu perca o feeling: "We are our own saviours, as we start both our hearts beating life into each other..." Nossa que música bunita... me vejo nela e sinto as coisas que o Ian Anderson fala.... que coisa modesta e linda.... que beleza!

Ellie Parker também... putz... veia indie total. Um filme realmente indie, marcado com uma sensação estranha de ficção filmada à lá reality show. Parece tipo aqueles programas que filmam o dia-a-dia de algum lugar/pessoa que costuma passar na People & Arts. É estranho que, depois de um pouco de tempo, você acaba se acostumando com o formato não-convencional usado para poder contar uma história de ficção, mas que bem podia ser uma leitura de diário de uma pessoal de verdade. Um fake reality show. E a Naomi Watts... ahhhh a Naomi Watts! Que garota! Que garota! Não quero passar por LA sem conseguir sair com ela. E olha só que curioso: ela fez esse filme (que é praticamente o esticamento de um média/curta metragem que era com ela) entre o Mulholland Dr. (Cidade dos Sonhos, para nós tupiniquins) e o King Kong (esse é King Kong mesmo). Essa menina dá a cara à tapa! E que gata! Que gata!

Entre um e outro eu comi uma pizza. E agora rola o Jethro Tull.... Oh Jesus, Save-Me!!! Eu não tinha o Aqualung em mp3. Acabei de rippar ele e já botei pra tocar. Tudo isso só pra poder escutar Wond'ring Aloud...

Ainda vou assistir Ellie Parker de novo, mas com outra companhia!

quarta-feira, julho 18, 2007

Zezuis é u jardineiro

Se o dicionário é o "Pai dos Burros", porque os burros não consultam o dicionário????
Hoje recebi um e-mail pedindo minha "compreenção"....
Sinceramente, não compreendo.

segunda-feira, julho 02, 2007

Für Regine

Como assim? Mandou-me perguntas para saber a minha posição subjetiva? Já adianto que provavelmente vou te responder de maneira vaga e evasiva, e de preferência em forma de enigmas e cantigas!!!
Como poderia eu dizer, minha cara senhorita, que apesar de tudo que se pode ver, tudo que é verdade não passa de uma mentira!
Um conto de fadas, uma fábula enevoada!
E digo mais, ao som da lira do menestrel, que pula, brinca e se extrapola em rimas, como alguém que nunca sentiu o sabor do féu:
- Antes vi o futuro, olhando para as patas de um mexilhão! Hoje sei que só vi o rastro, o que do tempo imagino ser só o lastro!

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